MARKETING E SUA HISTÓRIA
Primeiro eu gostaria de mostrar a definição oficial do marketing, feita pela American Society of Definitions:
“Marketing são todas as atividades, desde a ideia de um novo produto ou serviço, até as relações de pós-venda.”
Muitas vezes não são propriamente novos produtos/serviços, mas novas marcas ou “improvements” de algo que já existe. As bases do marketing começaram a ser organizadas durante o final da segunda grande guerra, na década de 40, quando alguns artigos científicos foram publicados por Walter Scott e Willian Reilly.
Entretanto, na década de 30 a Proctor & Gamble (P&G) deu dois importantes passos na formação dos protocolos do marketing: criou um departamento de pesquisa de mercado e, a tão comentada atualmente, “gestão de marca”, onde cada marca tinha um executivo que era responsável desde o planejamento de produção, de vendas, de comunicação até sobre as relações de pós-venda, como é praticado até hoje nas grandes corporações.
Mas, não podemos esquecer do que chamo de “marketing espontâneo”, atividade exercida por pessoas e empresas que não têm ou não tinham qualquer conhecimento sobre o marketing. Quer um exemplo? O vendedor de picolés que usa um apito para chamar a atenção de seus consumidores. Ou ainda os pregoeiros que usavam sua voz para vender animais ou produtos acabados (doces, por exemplo). Sem medo de errar, podemos afirmar que o marketing (espontâneo) é praticado desde as primeiras dinastias do antigo Egito.
Porém, alguns autores estimam que a atividade surgiu a cerca de 550 anos, o que coincide com a invenção da prensa tipográfica por Gutenberg, no ano de 1450. Esta invenção mudou completamente a comunicação, já que os textos podiam ser produzidos em grandes quantidades, atingindo um maior número de pessoas e, para o marketing, abriu a possibilidade da publicação de anúncios.
Muitos gestores dão mais importância ao departamento de vendas do que ao marketing, isto exige um esclarecimento: vendas, propaganda, pesquisa de mercado, merchandising, serviço de atendimento a clientes, desenvolvimento de novas marcas ou produtos/serviços, pós-venda e laboratório de desenvolvimento, deveriam ser todos subordinados ao marketing, exatamente como está explícito na definição acima, assim como o executivo de marketing que só deveria ser menos importante para a empresa que o presidente/CEO.
Voltando à história do marketing, embora tenha começado a ser organizado como atividade na década de 40, o início do marketing (muito menos evoluído) do que conhecemos hoje, poderia ser a partir da primeira revolução industrial, entre os anos de 1760 e 1850. Ou seja, existem muitos acontecimentos, desde a idade média, que poderiam ser considerados como marco do surgimento do marketing. Por esta razão, a grande maioria dos autores preferem informar que não existe uma data precisa para o início desta atividade tão importante nas relações comerciais da humanidade.
Atualmente existem outras definições para a atividade de marketing, mas pessoalmente considero a da ASD como a melhor, não traz tantos detalhes sobre a atividade, mas é completa e fácil de ser entendida. Li uma vez, não lembro o autor, que marketing foi criado para atender as necessidades do consumidor (como afirmam a grande maioria dos autores), porém na MINHA OPINIÃO, é exatamente o contrário: o marketing existe para “criar” necessidades (entenda-se como produtos/serviços) principalmente para aproveitar horas ociosas na linha de produção, ou aproveitar rejeitos que podem compor outro produto e muitos outros motivos.
Quer um exemplo? Qual é a real necessidade que os consumidores tinham de salgadinhos tipo Elma Chips? Se você analisar uma gôndola de supermercado ou uma prateleira de eletroeletrônicos irá encontrar algumas dezenas de produtos não tão necessários como dizem suas propagandas. Claro que a maioria deles facilitam muito nosso dia-a-dia, mas...
Tire suas próprias conclusões.
JM Macedo
